segunda-feira, 18 de março de 2013

ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU

Namir estava afoito para se encontrar com o Rabino. Somente aquele sábio poderia ajudá-lo num momento tão estressante igual àquele. Considerava-se um fiel pontual. Cumpria com todos os regulamentos e leis do Toráh. Dificilmente poderia haver um asceta mais caprichoso do que ele. Jejeuava direitinho no Yom Kipur e não descumpria nenhuma regra. Ia à sinagoga todo sábado e guardava-o perfeitamente como as leis religiosas o exigiam. Fazia a caridade e orava diariamente. Porém, nada dava certo para ele. Os negócios não iam adiante. Começava alguma coisa e logo falia. Começava outra e dava no mesmo. Não era possível que o Eterno o abandonasse daquele jeito, sendo um devoto tão pontual! O Rabino chegou deu-lhe um abraço e pediu-lhe que se sentasse. Ofereceu-lhe um café com umas torradas. “Conte-me todos os seus problemas meu filho!” Depois de ouvir atentamente, o Rabino falou: “Filho,devemos amar ao Eterno Nosso Deus Criador dos Céus e da terra com todo o nosso coração, mas não podemos esquecer de amarrar os nossos camelos!” O Recado estava bem dado. Não adianta criar calos nos joelhos de tanto orar e deixar nossas coisas particulares desarrumadas e sem dedicação completa.

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